Resumo Objetivo: Este estudo verificou o efeito da administração pré-operatória da dexametasona 8mg coadministrada com paracetamol 1 g em comparação com a dexametasona 8 mg coadministrada com nimesulida 100 mg em cirurgias de extração de terceiros molares. Métodos: Foi realizado um ensaio clínico prospetivo, randomizado e triplo-cego, alocando os pacientes em 2 grupos pelo método da boca dividida: Grupo 1 (dexametasona e paracetamol) e Grupo 2 (dexametasona e nimesulida). Cada paciente foi submetido a duas cirurgias em ocasiões diferentes, avaliando os parâmetros: dor, número de analgésicos de resgate consumidos, tempo para o primeiro consumo do analgésico de resgate, edema, trismo e satisfação do paciente. Resultados: Foram encontrados resultados semelhantes para dor, trismo, número de analgésicos de resgate ingeridos, tempo necessário para a ingestão do primeiro analgésico de resgate e avaliação global. Porém, o Grupo 1 apresentou melhores resultados em relação ao edema, com diferença estatisticamente significativa no período de 48h (p=0,028). Conclusão: Dexametasona 8 mg mais paracetamol 1 g é uma possibilidade efetiva para a analgesia pré-operatória.

Abstract Objective: This study aimed to verify the effect of preemptive administration of dexamethasone 8 mg co-administered with paracetamol 1 g compared with dexamethasone 8 mg co-administered with nimesulide 100 mg in surgeries for extracting third molars. Methods: A prospective, randomized, triple-blind clinical trial was conducted, allocating patients into two groups by the split-mouth method: Group 1 received dexamethasone and paracetamol, and Group 2 received dexamethasone and nimesulide. Each patient underwent two surgeries on different occasions, evaluating the parameters: pain, number of consumed rescue analgesics, time to the first rescue analgesic consumption, edema, trismus, and patient satisfaction. Results: Similar results were found in pain, trismus, number of rescue analgesics ingested, time until ingesting the first rescue analgesic, and overall assessment variables. However, Group 1 showed better results regarding edema, with a statistically significant difference in the 48-h period (p=0.028). Conclusion: Dexamethasone 8 mg plus paracetamol 1 g is effective for preemptive analgesia.

RESUMO As lesões provocadas por projetil de arma de fogo em região de cabeça e pescoço implicam, geralmente, em morbidade e mortalidades severas representando um importante problema de saúde pública. Esses ferimentos podem ser classificados como: penetrantes, perfurantes e avulsivos, sendo este último o mais preocupante, por serem ocasionados por projéteis de alta velocidade. Os projéteis de baixa velocidade causam comumente ferimentos penetrantes, permanecendo por vezes alojados nos tecidos, podendo ou não, ser indicada a sua remoção, a depender de fatores como localização e gravidade da lesão. O presente artigo traz o relato de três casos clínicos que abordam lesões por projeteis de arma de fogo de baixa velocidade, nas quais tiveram a indicação de remoção do referido artefato, abordando-se as condutas pré, trans e pós-operatórias. Observando-se que é requerido dos Cirurgiões Buco-Maxilo-Faciais, plenos domínios tático, técnico e teórico, para se obter êxito no planejamento e sucesso no tratamento dessas lesões.

ABSTRACT Injuries caused by firearm projectiles in the head and neck region generally imply severe morbidity and mortality, representing an important public health problem. These injuries can be classified as: penetrating, perforating and avulsive, and the latter is the most worrisome, because they are caused by high-velocity projectiles. Low-velocity projectiles commonly cause penetrating injuries, sometimes remaining lodged in tissues, and their removal may or may not be indicated, depending on factors such as location and severity of the lesion. This paper presents the report of three clinical cases that address injuries caused by low-velocity firearm projectiles, in which they had the indication of this artifact removal, addressing the pre, trans and post-surgery procedures. And we point out that full tactical, technical and theoretical domains are required from the Oral-Maxillofacial Surgeons for being successful in the planning and success in the treatment of these lesions.

RESUMO A exodontia dos terceiros molares inferiores é um procedimento comum na rotina dos Cirurgiões Bucomaxilofaciais. Entretanto, mesmo este procedimento sendo frequente, por vezes, o seu curso se mostra de forma inesperada. Neste cenário, algumas classificações desenvolvidas auxiliam na predição do nível de dificuldade para tais extrações. Objetivo Este trabalho objetivou, por meio de extrações de terceiros molares inferiores, verificar a associação das classificações I e II de Pell e Gregory e a dificuldade cirúrgica. Métodos Pacientes voluntários do Curso de Odontologia da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, entre a faixa etária de 16 a 45 anos, que se encaixaram nos critérios de inclusão, tiveram seus terceiros molares classificados de acordo com Pell e Gregory e extraídos. Resultados Um total de 42 elementos foram extraídos. Não existiram diferenças estatisticamente significantes para a correlação da classificação de Pell e Gregory com a dificuldade cirúrgica levando-se em conta as variáveis tempo de cirurgia (p = 0,419), necessidades de osteotomia (p= 0,428) e quantidade de anestubes (0,939), quanto a necessidade de odontossecção, apenas quando comparados os dentes classificados como IA e IIA, a diferença a favor dos elementos IA foi estatisticamente significativa (p = 0,008), inexistindo acidentes e complicações. Conclusão A classificação de Pell e Gregory não se mostrou como um bom preditor da dificuldade cirúrgica, sendo recomendado que novos estudos sejam realizados sobre essa temática.

ABSTRACT Lower third molar extraction is a common procedure in Oral and Maxillofacial Surgeons routine. However, even though this procedure is frequent, sometimes its course is unexpected. In this scenario, some developed classifications help to predict the difficulty level for such extractions. Objective This study aimed to verify the association of Pell and Gregory classifications I and II and surgical difficulty through lower third molar extractions. Methods Voluntary patients from the Dentistry Course of the State University of Rio Grande do Norte, between 16 and 45 years of age, who met the inclusion criteria, had their third molars classified according to Pell and Gregory. Results A total of 42 elements were extracted. There were no statistically significant differences for the correlation of Pell and Gregory classification with the surgical difficulty considering the variables such as surgery time (p=0.419), osteotomy needs (p=0.428) and number of anesthetic tubes (0.939). As for the need for odontosection, only when comparing the teeth classified as AI and IIA, the difference in favor of AI elements was statistically significant (p=0.008). There were no accidents or complications. Conclusions Pell and Gregory classification was not a good predictor of surgical difficulty, and further studies on this subject are recommended.